Tuesday, October 31, 2006

A arte nos faz bem

Quero Ignorado

Quero Ignorado

Quero ignorado, e calmo Por ignorado, e próprio Por calmo,

encher meus dias De não querer mais deles.

Aos que a riqueza toca O ouro irrita a pele.

Aos que a fama bafeja Embacia-se a vida.

Aos que a felicidade É sol, virá a noite.

Mas ao que nada 'spera

Tudo que vem é grato.

De Fernando Pessoa
creio que para os traceurs

Friday, October 27, 2006

Parkour, filosofia e intervenção urbana

Parkour, filosofia e intervenção urbana

Quando começamos a praticar parkour, percebemos que despertávamos algum estranhamento. Seguidos por olhares críticos, frequentemente fomos tratados como vândalos ou adultos infantilizados, brincando de pular muros. Descobrimos que a prática de atividades não convencionais poderia revelar preconceitos de muitas pessoas. Felizmente, isso não foi a regra, mas uma constante exceção. Estamos acostumados à intensa privatização do saber, das práticas, do ambiente em que vivemos etc. Esperamos e nos acostumamos também à normatização das coisas, em detrimento à criatividade e às desconstruções e redirecionamentos. Quando passamos a frequentar praças públicas para treinar, descobrimos o quão mal utilizadas elas são. Muitas vezes, encontramos em dias ensolarados parques e praças vazias, espaços públicos abandonados ou inexplorados. Enquanto isso, ambientes privados como shopping centers, academias e clubes por exemplo, contavam, no mesmo período, com muitas pessoas. É justamente o abandono, ou o desinteresse pelo espaço público, que faz as autoridades responsáveis os negligenciarem. É compreensível que uma praça mal iluminada e vazia facilite roubos ou outras violências. Justamente por isso é que precisamos estar do lado de fora de nossas casas, ocupando esses hambientes, dando-lhes significados que os marcarão como nossos. Um espaço público frequentado torna-se mais seguro e cuidado. Mais que isso, ele passa a definitivamente existir e precisa ser considerado pelas autoridades competentes. A apropriação desses espaços é a principal forma de se reivindicar segurança, cuidado e olhar para nossa relação com eles.

Também aprendemos que exercícios devem ser feitos nas academias, amparados por tecnologias cada vez mais novas. Temos a impressão de que um aparelho de musculação de última geração é sempre a melhor forma de se conseguir saúde. Acreditamos que a academia mais cara deve ser a melhor para nós.

Será que não vale a pena voltarmos um pouco para o passado? Temos a crença de que não, pois aprendemos que nosso comportamento deve estar direcionado para o futuro. Mas vamos fazer esse exercício agora. Quando crianças, somos capazes de exercer uma criatividade de dar inveja a qualquer adulto. A caixa de fósforos transforma-se em casa, a mesa de jantar num estádio de futebol, seres superpoderosos nos ajudam em nossos objetivos, e assim por diante. Nossa curiosidade nos tira dos caminhos convencionais e queremos subir na mesa para ver o que há sobre ela. Subimos em árvores para colher frutos ou brincar de Tarzan. Assim, de forma espontânea, treinamos nosso corpo e mente para o futuro e temos muito prazer naquele presente. O parkour, que em sua origem traz a história de uma relação entre pai e filho, também pode ser encarado como uma retomada de tudo que antes lembrei. Ter prazer numa atividade física e recriar o espaço pode ser, para muitos, mais familiar e natural que repetir a mesma série de exercícios no mesmo lugar. O contato com o ambiente por esse caminho resgatado, a busca de novos obstáculos, a criação de novas formas de ultrapassá-los e, principalmente, a mudança de sentido que o parkour dá aos objetos urbanos e naturais, ensina que podemos recriar sempre, que podemos fazer do mundo aquilo que queremos que ele seja e não aquilo que quiseram por nós. Ao mesmo tempo, devido à variedade infinita desses objetos e às particularidades de um para outro, nosso corpo é trabalhado por completo. O parkour esta em nossa vida o tempo todo. Andamos, corremos, abaixamos, subimos, perdemos apenas a forma se perceber isso.

Transformamos assim, a cidade num grande exercício de possibilidades, onde o percurso de exploração é interminável. Todo o crescimento físico e mental que o parkour proporciona é conquistado individualmente, em relação aos seus próprios objetivos, sem a fantasia de que qualquer progresso depende de fatores externos. Tomamos consciência de que os objetivos e desafios a serem superados dependem da criação de nosso próprio caminho, inevitavelmente construído e articulado com o do outro, como a própria história do parkour nos mostra. Apesar de nosso grupo, até o momento, praticar parkour inspirado em David Belle, fazemos isso por escolha, sendo contra qualquer normatização ou tentativa de aprisionamento de nossa prática. Acreditamos que ele inevitavelmente vai além de ir de um ponto a outro do ambiente superando todos os obstáculos. O vemos como uma porta para a reocupação construtiva do espaço público e privado. Por isso, todas as manifestações artísticas, esportivas, arquitetônicas, de entretenimento etc, que propõem mudanças positivas, nos interessam. Da mesma forma, acreditamos que o parkour pode ser um incentivo para grupos de dança, teatro, praticantes dos mais variados esportes e outros para que ocupem as ruas e transformem escadarias em arquibancadas para espetáculos, mesas de pique nique em mesas de ping-pong, terrenos abandonados em pistas de esportes, viadutos em palco de teatro e tudo o mais que possa nos fazer bem.

Recentemente, estávamos em um parque da cidade de São Paulo quando um menino de cerca de sete anos soltou a mão de sua mãe, saiu da trilha que seguiam e entrou numa área muito pequena colada à trilha, mas de maior densidade de árvores. Sua mãe gritou em tom desesperado para que ele voltasse, dizendo que seria atacado por aranhas. O menino volta decepcionado, e continua cabisbaixo pela trilha construída. Esta cena nos fez pensar. Desde pequenos aprendemos que as únicas trilhas possíveis a serem seguidas são aquelas já prontas, algo como andar na linha, pois desviar dela seria perigoso. Não havia perigo ali, sua mãe poderia acompanhá-lo, para que ela se sentisse tranquila. Encontramos pessoas que, limitadas a responder a estímulos, pouco fazem por próprio impulso e se veem como zumbis quando lhes são retirados os estímulos que parecem mantê-las vivas; nada conhecem de sua liberdade e de sua criatividade. Esse menino perdeu a chance de se aventurar, de trilhar seu próprio caminho e ser criativo. A trilha só o permitia contemplar a natureza, enquanto o que ele realmente desejava era interagir com ela. Um praticante de parkour faz de uma suposta transgressão uma forma criativa de se viver. Não teme entrar na mata fechada, prefere conhecê-la antes de recusá-la. Diante de obstáculos difíceis, aprende a se aproximar com cautela, mas sem temê-los despropositadamente. Diante de obstáculos intransponíveis, aprende a reconhecer e respeitar os limites. Preferimos cair e levantar, pois acreditamos que a vida é assim.

Hoje, alguns grupos de parkour têm se permitido sair da linha. Mas que as coisas não se confundam. Ser correto e andar na linha é muito bom. Sair da linha é poder criar, utilizá-lo na dança ou no teatro, se unir para agir, protestar ou apoiar. Isto é possível na medida em que se amadurece que se conquista um sentimento de si, que permite uma posição básica a partir da qual operar e se afirma em responsabilidade como individuo, que nem agrada ou desagrada a todos.

Modinhas? 1


Nem eu, nem ninguém que treina comigo, discutimos ou nos preocupamos com a moda de se fazer parkour, até agora. Estamos mais preocupados em treinar. Na verdade, conversamos principalmente sobre os treinos e sobre qualquer novidade que achamos que possa nos auxiliar em nosso caminho.
Por sermos o grupo que mais contribui para a difusão do parkour no Brasil, fomos muitas vezes à primeira referencia para futuros modinhas ou futuros traceurs. A possibilidade de se pegar algo e tratá-lo como modinha é o que acontece o tempo todo. Não é moda Yoga agora? Quantos alunos modinhas de yoga têm por ai?
Felizmente nosso mundo é para todos. O que seríamos de nós sem os modinhas? Ou, melhor, não seríamos nós modinhas?
Quem nunca foi modinha?
A motivação para praticar o parkour ou qualquer coisa é pessoal, e para cada um é diferente.

¨Assim comecei a andar de skate. Naquela época era moda e acabei me empolgando. Diria que foi uma das melhores coisas que fiz. Depois de um tempo, só queria saber de andar. Abandonei o skate alguns anos depois, mas foi um tempo muito bom.
Quis ganhar um pogo-boll da minha mãe pq meus amigos tinham ganhado, não ganhei¨.

Sabe aquela frase que muita gente diz?
- Puxa, já comecei a fazer tanta coisa na vida e não terminei.
Agora pense o quanto dessas coisas foram modinhas.
Temos o direito de nos interessar pelas coisas do nosso modo e não temos o direito de mudar as coisas ao nosso modo. É só isso.
Um modinha é só um modinha. Você que treina de forma séria ensine algo a ele. Transforme aquele momento em algo melhor. Não confunda iniciante com modinha, pois ele vai falar como senso comum, é claro.
Mas, e se o modinha treinar uma vez por mês, se atirar de 4 m, se machucar, não vai queimar o parkour?
Claro, mas você esperava o que?
Você nunca pegou uma bicicleta e se atirou num salto ou movimento se arriscando? Nunca se machucou e denegriu os profissionais de bike? Procure um exemplo na sua vida.
Para não sermos autoritários basta separar o joio do trigo.
Na minha profissão existem maus profissionais. Assim é em todas. Nem por isso, deixamos de ir ao médico, consultar advogado, basta separar o joio do trigo.
Se os praticantes sérios forem exemplo e caso disponham-se a transmitir livremente o que sabem, acho que a missão estará cumprida.

Sunday, October 22, 2006

Parkour na Mídia 1




***Comecei a praticar parkour sem nenhuma expectativa muito grande. Minha inspiração foram vídeos de Belle e realmente, não imaginava chegar aonde cheguei. Objetivo após objetivo, superei diversas carências e encontrei outras mil.
Mas aonde cheguei? A lugar nenhum. Isso mesmo. Diria que cheguei a lugar nenhum e que parece ser onde deveria ter chegado.
Quero dizer apenas, que cada objetivo alcançado inaugura um novo objetivo. Após um salto de precisão, inaugurei repeti-lo 50 vezes. Após repeti-lo, procurei outro mais distante. Em seguida, quis realizá-lo numa superfície ainda menor. Percebi que, se aumentasse minha força na perna poderia ir mais longe, então, intensifiquei o treino de força... Percebi então, que não tem aonde chegar, não tem porque chegar a algum lugar se nosso prazer é estar em ação.
No meio desse caminho, a Revista Isto é descobriu que nós treinávamos regularmente. Pesquisaram e publicaram que ali se formava o primeiro grupo de parkour do Brasil. Saiu assim, na matéria de setembro de 2004. Indicamos pessoas de Brasília para colaborarem na matéria, assim como de Florianópolis e Curitiba.
A matéria foi vista criticamente pelos praticantes da época e com razão. Continha algumas idéias equivocadas, alguns termos errados, mas definitivamente contribuiu muito, direta ou indiretamente para que você, que esta praticando parkour agora, tenha-o conhecido. Até hoje, recebemos ligações para reportagens de jornalistas que conheceram o parkour nesta edição da revista.
Em seguida, saímos na capa do Diário de São Paulo e logo veio a matéria da MTV. De lá para cá, fizemos mais de 50 matérias nos maiores meios de mídia e divulgação no Brasil.
E? E nenhuma divulgação representou estritamente aquilo que tentávamos transmitir. Muitas vezes, nos esforçávamos e explicávamos, corrigíamos... Eles faziam tudo ao contrário.


***Definitivamente, o parkour é algo novo e nossas entrevistas sempre respeitaram o discurso dominante em cada momento. Já os jornalistas, sempre o destorceram um pouco. Hoje, o discurso sobre ele mudou, mas o que importa é que muito além do discurso, está o espírito. O espírito pode estar presente com esse ou aquele nome, com essa ou aquela ideologia. É no espírito que nós nos juntamos, não no discurso.
Por isso, treino a vontade com traceurs, acrobatas, escaladores, bailarinos ou freerunners. Os nomes, as discussões burocráticas e tudo mais desaparecem, pois o espírito vem antes. Fazer parkour com discurso é fácil, fazê-lo com espírito é raro e felizmente nos faz aprendizes sempre.
Sou a favor de menos discurso e mais exemplo, mais experiência, mais espírito.Quem começa a praticar terá que ir atrás de informações e imediatamente verá que parkour é outra história. Terão nos antigos o exemplo. Aliás, que exemplo você esta dando?


*** É claro que não gostamos de fazer uma coisa e ver outra na tv, mas é assim que milhares de pessoas têm contato e a oportunidade de conhecer algo que acreditamos como um bem que nos foi transmitido e que da mesma forma pretendemos transmitir. Apesar das edições serem tendenciosas necessariamente, pois expressam uma visão, o forte das matérias são as imagens. Com elas, os praticantes são autênticos e inspiradores. As matérias, apesar de não representarem exatamente o discurso que esperamos nem que transmitimos, também não são tão ruins assim.
Por exemplo: Esporte é a palavra mais familiar para os jornalistas, com mais proximidade de significado para uma descrição ou definição do parkour para a massa, segundo eles. Alias, faz pouco tempo, os praticantes falavam de esporte quando falavam de parkour.
-Por favor, sem histerias quando numa matéria chamarem parkour de esporte ou rolamento de cambalhota. É claro que temos que conseguir que se substituam essas palavras por outras mais adequadas, mas pensem bem, o jornalista também tem suas necessidades, ele ainda não se permite escrever disciplina, por exemplo. Segundo sua interpretação é uma expressão difícil, foi o que me disse a jornalista da super interessante. Mas, não é porque chamaram de esporte que está tudo perdido.


***O problema de se nomear como esporte, é que assim irá se esperar dele tudo aquilo que se encontra nos esportes, como competições, por exemplo. Mas tudo bem. Vamos vencer essa, aos poucos eles começam a aceitar, se acostumar com a idéia e não sentirão mais a necessidade de escrever da forma que tem escrito ou que tem editado para tv. Não tem porque brigar. Mesmo assim, entendo porque um jornalista chama rolamento de cambalhota, mesmo sabendo que é rolamento. Temos que dar o exemplo e repeti-lo sempre, até que não tenha mais sentido caracterizar o parkour de forma diferente da qual o praticamos.


*** De qualquer forma, vale a pena ver como as coisas na mídia mudam. Abaixo, segue o texto que depois de muito conversar consegui melhorar um pouco, mas ainda são visíveis o tom popular que a revista espera e algumas confusões comuns sobre a história. Esse texto era o que devia sair na edição de outubro de 2006 da revista Super Interessante. Assim foi conversado com a jornalista, mas quem manda é o editor e quem leu a revista com certeza viu algo bem diferente. Da mesma forma, o desenho mostra o primeiro esboço que, infelizmente foi reduzido e nem tudo corrigido adequadamente. Sem cuspir no prato que comi, achei a matéria boa, só que poderia ter sido ainda melhor.
Mas não seria assim mesmo?


Uma disciplina esportiva, que se apropria de técnicas de ginástica olímpica, artes marciais e técnicas naturais. O Le Parkour consiste na transposição de obstáculos sem a ajuda de rodinhas, acessório especial ou qualquer parafernália motorizada.
A idéia é que os traceurs – praticantes – usem apenas o próprio corpo, com eficiência, fluidez e agilidade para pular muros, escalar paredes, subir em árvores ou saltar vãos, realizando um percurso e atingindo o destino desejado.
Cada praticante segue seus próprios objetivos, as manobras são chamadas de movimentos e é principalmente através do treino com a repetição de percursos e com exercícios com o próprio corpo que, segundo os praticantes, o corpo se condiciona e fica esteticamente trabalhado e ágil para a superação dos obstáculos.
Competição é uma palavra que não existe no dicionário dos traceurs. Da mesma forma, academia e musculação apenas, são práticas de educação do corpo consideradas pobres no objetivo da educação, pelo criador do método natural, que inspirou o parkour. “O propósito do Parkour vem de algo mais nobre”, afirma Eduardo Bittencourt, um dos pioneiros no Brasil. “Ele pode ser uma porta para integrar o ser humano com a natureza e com a sociedade. David Belle treinava pensando em ser um homem forte e útil para si e para a sociedade, criar seres humanos mais íntegros nos interessa”.
O nome parkour é uma palavra francesa para designar ‘percurso’. O parkour teve origem no subúrbio de Paris, na década de 80, quando adolescentes de lisses treinavam juntos. David Belle, um deles, vinha de uma família de bombeiros, e cresceu acompanhando as técnicas de salvamento e fuga treinadas para situações de emergência e guerras, como a do Vietnam.
Influenciado pelo pai, David Belle via na ginástica natural uma forma do homem desenvolver seu corpo e usá-lo de forma prática e útil na vida. Para isso, baseava-se no “Natural Method of Physical Culture”, ou método natural de educação física, de George Hébert, educador físico francês do século 20. Hébert estudava a teoria do “nobre selvagem” de Rosseau e acreditava que apenas observando a natureza o homem seria capaz de criar métodos reais de desenvolvimento do corpo.
Aos 15 anos, Belle começou a praticar o Parkour nas ruas usando técnicas do Método natural e artes marciais, somadas às técnicas de salvamento e fuga dos bombeiros. Junto com o amigo Sébastian Foucan, que depois seria responsável pela criação de algumas técnicas do Parkour, o desenvolveram, e belle cria o grupo Yamakasi, que atrairia novos adeptos em toda a Europa.
Hoje, no mundo todo, o Parkour está divido em duas correntes: free running e parkour. O primeiro geralmente mais preocupado com a parte estética das manobras do que com a superação de obstáculos de fato. “É uma forma de arte, de se expressar. É um parkour estético em que o foco pode estar no praticante e não na dificuldade do obstáculo”, explica Eduardo Bittencourt, lembrando que os dois estilos se misturam bastante no Brasil. “Já o Parkour mesmo, é aquele que tem como objetivo você ir do ponto A ao B, superando os obstáculos rapidamente, preparando-se física, técnica e mentalmente para agir, sem se ocupar com nada além de seu objetivo”, completa.
No Brasil, o Parkour chegou em 2004, pela Internet. O primeiro grupo a ser criado por aqui foi o Le Parkour Brasil, formado inicialmente por: Jacques Kauffman, Rodrigo Bélgamo e Eduardo Bittencourt. Ao assistirem a um vídeo de David Belle, eles se motivaram a realizar seu primeiro treino. Três anos depois, o parkour não pára de crescer, a maior comunidade no orkut é brasileira, a ‘Le Parkour Brasil’, e os traceurs tem transformado as cidades numa verdadeira academia a céu aberto.
Se você tiver andando pela rua e der de cara com um cara saltando a escada do metrô ou subindo num muro de 5 metros de altura, sem cordas ou qualquer outro aparato, não ofereça ajuda. Ele só está trilhando seu próprio caminho, um caminho mais divertido para chegar ao mesmo lugar que você.

PARA SABER MAIS
http://www.parkour.net/